Hoje nossa entrevistada é internacional! Olha que chique!
Dra. Rebecca Parsons é Diretora de Tecnologia da ThoughtWorks. Ela tem mais de 20 anos de experiência em desenvolvimento de aplicações, em setores que vão desde as telecomunicações aos serviços de internet emergentes. Ela tem uma vasta experiência de liderança na criação de grandes aplicações distribuídas e integração de sistemas. Já trabalhei na Austrália, Canadá, África do Sul, Reino Unido e EUA.
Como a entrevista está em inglês fiz uma tradução livre. Aproveitem:
Porque você decidiu seguir carreira na área de tecnologia?
Comecei a programar quando tinha 13 anos de idade. Sempre gostei de programar. Sempre gostei de linguagens. Me vejo mais como matemática do que como cientista da computação, mas hoje me considero sim uma cientista. Meus pais me fizeram acreditar que eu podia fazer qualquer coisa que eu quisesse, então saber que teriam muitos homens em volta não me impediu de fazer o que eu queria.
Porque você acha que tem tão poucas mulheres no mundo da TI?
Parte disso é um esteriótipo de que desenvolvedores vivem no sotão da casa da mãe, não tomam banho regularmente e nunca vêm o sol. Ele é de fato forte e muitas mulheres não se identificam com isso. Mas exitem também motivos culturais, tem coisas que nos fazem sentir que estamos num mundo masculino, por exemplo, quando vemos um anúncio que exalta o fato de terem bartender mulheres. E isso é um fato…se tem um desenho de uma bartender mulher num bar novo, quer dizer que eles estão esperando que homem frequentem aquele lugar. São esses pequenos sinais que desestimulam as mulheres.
Mas o que podemos fazer para mudar isso?
Acredito que muita da responsabilidade vai para pessoas como eu, sendo cada vez mais visíveis. Outra grande parcela da responsabilidade vai para os homens que devem se opor quando eles escutam coisas como essa, pois não serão somente mulheres dizendo, “desculpe, não há nenhuma mulher falando nessa conferência” ou “porque essa propaganda é tão ofensiva para as mulheres?”, pois não são só mulheres que mudarão essa cultura, não somos suficientes, deve haver mais homens que se indignem quando essas coisas acontecerem e digam: “Essa não é a cultura que queremos, queremos que ela seja mais receptiva para as mulheres”.
Aqui está o áudio original e em inglês: rebecca
beijos e espero que gostem : )
PS.: A voz de homem é do meu namorado que foi fofo e foi entrevistá-lo enquanto eu estava entrevistando a Mariana Bravo (post passado!). Fofo, né!? : )
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