FAQ, POR CAMILA ACHUTTI

1. Qual a diferença entre computação e tecnologia?

O assunto é mega amplo, mas em poucas palavras, a computação é uma das áreas da internet e é talvez a mais abrangente já que as outras como a tecnologia depende da computação.

2. Quais cursos de graduação são indicados para quem quer ingressar no mercado de tecnologia?

Existem muitos técnicos e cursos de menor duração, mais imersos. Não posso deixar de citar o Mastertech que é uma iniciativa minha com o Felipe. É uma plataforma de educação contínua de habilidades do século 21 e tem diversos cursos sobre o assunto. Além disso, cursos bastante comuns para graduação são: Ciência da Computação, Análise de Sistemas, Engenharia da Computação, Sistemas para Internet…

3. Mesmo sem ter conhecimento de programação, eu consigo desenvolver um app?

SIM! Afinal todos os aplicativos ou projetos tecnológicos começam com um lápis e uma folha de papel. Essa é a parte mais difícil: decidir cada uma das telas, onde os botões vão ficar, o que vai ter no formulário, qual a primeira tela… Programar é a parte fácil, ainda mais com todas as ferramentas que temos hoje disponíveis para prototipação e programa cross plataforma.

4. Qual foi seu primeiro contato com a computação?

Meu pai ditava código em COBOL pelo telefone, que na época para mim era uma língua mágica que resolvia problemas! : )

5. Você já sabia que iria dedicar sua vida profissional nisso?

Acho que no fundo eu até sabia, mas não foi de primeira. Não fui fazer técnico e falei para muita gente que queria ser obstreta! hahaha

6. Como surgiu o Mulheres na Computação?

No meu primeiro dia de aula, quando me vi sozinha na sala de aula e voltei pra casa chorando por 3 horas, até me deparar com uma foto da primeira turma de ciência da computação do meu instituto e tinha 70% de mulheres. A minha missão era entender o que tinha acontecido e conseguir ajudar outras meninas a ter a vida transformada por tecnologia assim como a minha.

7. Você sofreu alguma repressão por ter escolhido uma área, até então, com a maioria de homens atuantes?

Não costumo contar casos em que sofri preconceito, mas posso afirmar que qualquer mulher na tecnologia que alega não ter sofrido é porque não “ligou o radar” e não conseguiu perceber a piadinha machista ou a situação de discriminação apenas por ser mulher.

8. Seu tratamento por ser mulher num ambiente tão masculino foi diferente em alguma situação?

Acredito que é como andar com um holofote na cabeça e isso é bom e ruim: pode te ajudar a ser reconhecida, e, ao mesmo tempo, impõe um pressão muito alta de se provar. É como sempre ter que representar o gênero feminino em qualquer situação. Quando algo deu errado não é você que falhou, mas sim as mulheres que não nasceram para isso.

9. Você ainda enxerga muito preconceito com as mulheres que estão nesta área? O que mais te entristece?

Sim, mas acredito que estamos num caminho acertado. Ainda vejo muito “oba oba” e pouco investimento na base que de fato pode ter a vida transformada, e isso me entristece. Ver grandes empresas sem enxergar que o caminho é investir na base.

10. Você teria alguma dica para quem está ingressando agora em Computação / Tecnologia?

Errar faz parte e vocês nunca vão saber tudo, então, enjoy the journey e mude o mundo do seu jeito com uma grande aliada: a tecnologia!

11. E pra encerrar, alguma dica para quem já está neste ramo?

Não deixe de ser quem você é. Esse vai ser seu grande diferencial. Tecnologia precisa dessa diversidade de olhares!

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