“Quem sabe se por causa do Code Girl a gente não tenha um monte de mulheres que se não fosse esse evento teria desistido do mundo da TI… “

Estive participando do evento Code Girl, realizado em Natal, no IFRN, durante essa Quinta(19) e Sexta(20) e resolvi fazer alguns posts sobre  o evento.

Para darmos início a uma série de  posts, a seguir você pode conferir uma conversa super legal  sobre a diversidade na comunidade Python e a atuação das mulheres na área tecnológica com o Professor Fernando Masanori, criador do curso Python para zumbis .

Mulheres :Por que trabalhar a diversidade na comunidade Python?

Masanori: Isso tá dentro do próprio statement da Python Software Foudantion(PSF), “Nós criamos essa declaração porque acreditamos que uma comunidade python diversificada é mais forte, mais vibrante. A comunidade diversificada onde as pessoas se tratam com mais respeito tem mais contribuidores e mais fontes de ideias.”

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Fernando Masanori e Soraya Roberta

Mulheres: Qual importância de termos eventos como o Code Girl?

Masanori: Olha, eu vou citar um exemplo de uma de uma aluna. Eu tinha uma aluna que tinha muita dificuldade com programação. Essa aluna teve o apoio da comunidade e graças ao apoio dessa comunidade ela superou essa dificuldade com a programação e foi trabalhar em um projeto da Unicef na África. Semana passada ela foi Keynote da conferência Python Brasil. Se ela não tivesse esse apoio a gente teria uma mulher a menos no mundo da TI. Quem sabe se por causa do Code Girl a gente não tenha um monte de mulheres que se não fosse esse evento teria desistido do mundo da TI… E que graças ao evento vão fazer coisas fantásticas como a minha aluna?

Mulheres: Na região sudeste acontece alguns eventos de empoderamento feminino a exemplo do Code Girl?

Masanori: É muito raro. Aqui em Natal tem uma coisa muito bacana, pois vocês criaram um ecossistema interessante porque não é só o evento. Eu vejo que tem o apoio das instituições, dos professores que organizam caravanas, então, vocês conseguiram criar um espaço, um network muito bacana que no Sudeste a gente ainda não conseguiu.

Mulheres: O que ta faltando para termos mais mulheres atuando na área tecnológica?

Masanori: Olha, a gente precisa criar um grau de maturidade como se criou lá nos EUA. A PSF tem uma diretoria de diversidade que você tem pessoas que vão atrás das mulheres que estão criando coisas interessantes em Python e vão incentivando essas mulheres a submeterem palestras e vão tirando os empecilhos, por exemplo, Jessica McKellar, ela fazia esse papel nos dois últimos anos. Então é uma pessoa que pedia as mulheres para submeterem numa conferência local e depois que ela já tinha essa experiência ela sugeria que ela submetesse na pycon e se essa pessoa não tivesse dinheiro ela conseguia um financiamento para poder pagar a hospedagem para poder pagar também a viagem… Essa estrutura toda a gente ta começando a criar aqui no brasil. Na última conferência Python no Brasil algumas meninas não puderam ir por falta de recursos, então nós estamos estudando ter um patrocinador específico para o auxílio diversidade, além disso temos um fundo da associação Python Brasil e estamos votando que uma porcentagem fixa desse recurso seja destinado para bolsas de diversidade. São exemplos de ações concretas para poder melhorar esse cenário.

PS: Fiquem atentxs ao Mulheres que logo, logo teremos mais posts legais

[S.R]

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