Linguística Computacional

Olá, aqui quem fala é…a irmã gêmea da Camila, dona deste blog! Vou me apresentar rapidinho. Sou a Carolina Achutti e faço Letras na USP com dupla habilitação, português e linguística.Confesso que meu xodó é a linguística, larguei o sonho de lecionar literatura para fazer ciência.

Atualmente, estudo aquisição de linguagem, pois considero a aquisição de nossa primeira língua a maior façanha que podemos realizar durante toda a vida, sem grandes sofrimentos adquirimos uma língua que irá nos conectar com o mundo.É maravilhoso, percebem? Alguém que tentou aprender uma nova língua depois de crescidinho sabe do quão difícil é, mas por que será que isso acontece tão naturalmente quando somos bebês?Será que somos todos prodígios quando crianças??? NÃO NÉ?HAHAHAHA

Explicar esse processo  é uma das tarefas centrais da lingüística, mas chega de falar disso, se vocês se interessarem peçam pra Camila me requisitar novamente! 😉

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 Hoje vim falar com vocês sobre outra coisa, comecei a fazer uma disciplina que chama-se Linguística Computacional.Foi amor à primeira vista, apesar de achar tudo muito complexo e difícil tenho me encantado dia após dia com a programação, antes tarde do que nunca né galera?Vocês já estão no caminho da luz a mais tempo!rs

Vamos lá, é um campo super multidisciplinar que envolve inteligência artificial,  informática e a queridinha da linguística,  utilizamos  processos computacionais para a manipulação da linguagem humana. A busca é desenvolver, através de um modelamento lógico-formal, sistemas com capacidade de reconhecer e produzir informação apresentada pela linguagem natural.

Tudo isso começou na década de 1950 e deve-se em grande parte aos EUA que usavam computadores para traduzir de forma rápida e  automática documentos redigidos em outras línguas.Até hoje não alcaçamos traduções perfeitas, mas a qualidade de tradução, atualmente, é bastante razoável. Isso evidencia a consolidação desta área de pesquisa, que se dedica, basicamente, ao desenvolvimento de métodos, algoritmos e softwares que deêm condições para o computador  lidar com uma língua natural de forma útil e sensata aos nossos olhos.

Além da aplicação tradutológica, temos também, reconhecimento de fala, síntese de voz, máquinas de busca, correção automática em processadores de texto, extração de informações de texto, sumarização automática, enfim, a aplicabilidade é gigante e cresce dia após dia.

Inicialmente tivemos que nos familiarizar com conceitos da matemática e da lógica (o que foi uma desgraça pra quem já estava há quase quatro anos TOTALMENTE afastada da matemática!!). Depois partimos para os elementos básicos do Python, com ênfase na biblioteca NLTK (Natural Language Toolkit). Tudo super desafiador para alunos de Letras sem nenhum tipo de conhecimento em programação, mas extremamente surpreendente.É uma ferramenta muito poderosa, polpa muito trabalho e torna tarefas que desenvolveríamos “na base do suor” muito mais seguras, pois neutralizam o erro humano. Incrível. Fica aí uma fagulha de esperança de que as pessoas se voltem pra a linguagem como objeto de estudo, as grandes empresas já perceberam isso e já estão de olho nessa ciência que a cada dia se coloca no cenário científico e sai dos gabinetes universitários.

Por fim deixo a seguinte notícia: Um programa de computador elaborado por três pesquisadores brasileiros — Cícero Nogueira dos Santos, da IBM Research, Eraldo Rezende Fernandes e Ruy Luiz Milidiú, ambos da PUC-Rio – conquistou o primeiro lugar na  XVI Conference on Natural Language Learning (CoNLL) 2012 Shared Task, a mais importante competição internacional em Linguística Computacional.

Viram só, já estamos na décima sexta conferência sobre o tema, com o Brasil campeão e você nem sabia disso…coisas que só o mulheresnacomputacao.com faz por você!

Mil beijos.

Programar: “É como planejar um jantar“

É como planejar um jantar“, explica a Dra. Grace Hopper, que esteve no time de projeção do UNIVAC. Ela também ajudou a projetar o ENIAC, em 1964. “Você tem que planejar tudo e programar-se de forma que todos os recursos que você precisa estejam disponíveis quando você precisar. Programar requer paciência e habilidade em lidar com detalhes, e isso as mulheres fazem muito bem.”

( tradução: Eu faço programas )

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E você achando que mulheres na computação é um assunto novo? Que nada! Apesar da ainda sermos em menor número existem mulheres fazendo sucesso na área de TI desde o início dos tempos – Ada Lovelace que o diga!

beijos!

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Realidade aumentada será próxima revolução na interface móvel!

Depois de tantos novidadess e avanços, como a popularização das telas sensíveis ao toque, a nova “moda” é a REALIDADE AUMENTADA, que promete revolucionar a interface móvel! No futuro, poderemos conversar com um holograma  gigante das pessoas ao invés de se contentar só com a voz! EBAAAA ( exagerei, desculpa!). Agora é sério, a Realidade Aumentada é uma linha de pesquisa dentro da computação gráfica que busca a integração do mundo real e elementos virtuais ou dados criados pelo computador. Atualmente, a maior linha de pesquisa está ligada ao uso de vídeos transmitidos ao vivo, que são digitalmente processados e “ampliados” pela adição de gráficos criados pelo computador. Porém, existem também, pesquisas avançadas que incluem uso de rastreamento de dados em movimento, reconhecimento de marcadores confiáveis utilizando mecanismos de visão, e a construção de ambientes controlados contendo qualquer número de sensores e atuadores.

Esse fato foi lançado por especialista no Mobile World Congress, que ocorreu em Barcelona, dia 15 de fevereiro.  “A realidade aumentada não é uma killer applicationl( não vai substituir outras já existentes). É apenas uma nova interface para acessar e entender as informações do mundo ao nosso redor de maneira mais fácil”, resumiu Peter Meier, CTO da Metaio (uma empresa especializada em realidade aumentada). As aplicações atuais já são inúmeras, como apoio a tarefas complexas em cirurgias, montagem e manutenção, prospecção em hidrologia, ecologia ou geologia, mostrando informações específicas sobre o terreno ou mapas tridimensionais. Além disso, já temos também uma gama enorme de projetos para aplicações futuras como, expansão de telas de computador para um ambiente real: janelas de programas e ícones se tornam dispositivos virtuais num espaço real e podem ser operados por gestos ou pelo olho; substituição das telas e monitores tradicionais, painéis de controle, e aplicações completamente novas (algo impossível em um hardware “real”), como objetos 3D que alteram suas formas e aparências de forma interativa baseados na tarefa ou necessidade atual do usuário; aplicações de mídia aprimoradas, como telas virtuais pseudo-holográficas, cinema surround virtual, permitindo imagens criadas por computadores interagir com sujeitos reais e platéias. Aiiii Deus, será que um dia vamos achar tudo isso normal, natural? Parece que a minha idéia do holograma gigante nem é tão absurda vai!?

E não é que o mercado vêm levando o assunto a sério! Várias empresa estão nascendo nesse segmento, e várias outras que já existem e não querem ficar para trás já estão organizando setores inteiros para a realidade aumentada. Um exemplo é a Telefônica, que já tem uma gerência dedicada exclusivamente à realidade aumentada e busca visual.Esperta ela em não perder tempo, ainda mais em uma área que evolui nessa velocidade absurda!

Existem incontáveis aplicações da realidade aumentada, por exemplo, a câmera, o acelerômetro e o GPS  interagirem com o usuário, facilitando a ele a descoberta do melhor caminho. Para que isso ocorra, muito terá de ser feito principalmente na área de reconhecimento de imagem ( a partir de uma imagem reconhecer se a rua está cheia ou não). Outra inovação que promete facilitar ainda mais tudo isso é a chegada dos primeiros terminais móveis com tecnologia dual-core ( com dois processadores). Como Meier mesmo disse: “Isso torna possível fazer o reconhecimento de imagens dentro do cliente instalado no aparelho. É algo que pode transformar esse mercado em 2011”.

Outro aplicativo que vêm sendo desenvolvido na área da realidade aumentada oferece informações turísticas em áudio de acordo com a localização do usuário. Quem está trabalhando nisso é um guia turístico chamado Lonely Planet. Um primeiro teste está sendo feito em Londres. É como um guia de áudio pórtátil disponível na cidade inteira, que usa o celular como interface. Legal, né!? Já pensou quando isso chegar em Minas Gerais e na  Bahia, vai ser super legal e trará muito mais informação a todos os visitantes, né!?

Então…seja bem-vinda realidade aumentada!

beijos!