As mais poderosas da tecnologia

Olá pessoal!

Todo ano a revista Forbes divulga um ranking com as 100 mulheres mais poderosas do mundo. Na lista de 2013, 15 delas são do ramo de tecnologia. Elas são CEO’s (sigla para Chief Executiver Officer ou Diretora executiva), COO’s (sigla para Chief Operation Officer ou Diretora de operações), CFO’s (sigla para Chief Financial Officer ou Diretora financeira), chefes de tecnologia, fundadoras, co-fundadoras, presidentes e vice-presidentes de gigantes da tecnologia como Google, Facebook, IBM, Yahoo, Microsoft e outras.

Isso mostra que cada vez mais as mulheres estão não apenas entrando em espaços que até então eram de hegemonia masculina, como a tecnologia – basta ver a quantidade de mulheres nos cursos de engenharias -, mas conquistando cargos cada vez mais altos e com mais responsabilidade.

A mais bem colocada é Sheryl Sandberg, COO do Facebook, na 6ª posição. Desde 2008 ela é braço direito de Mark Zuckerberg e a responsável por tornar a rede social um negócio rentável. Ela realiza um acompanhamento do dia a dia das operações da rede social mais popular do mundo. Com mais de 1 bilhão de usuários, o Facebook frequentemente é alvo de hackers. De acordo a Psafe, mais de 160 arquivos infectados são detectados no computador após clicar em apenas um link falso, que promete revelar quem visitou o seu perfil.

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Na lista de 2013 há três representantes brasileiras, sendo a mais bem colocada a presidenta Dilma Rousseff, que aparece em 2º lugar, atrás apenas da chanceler da Alemanha, Angela Merkel. A CEO da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster (18º) e a modelo Gisele Bündchen (95º) completam a lista.

Bacana, né?!

beijos!

she++ : Documentário, entrevista, inspiração, missão

Em 1 de Abril foi lançado um documentário do she++ uma iniciativa para levar mais americanas para as STEM ( ciência, tecnologia, engenharia e matemática), vi um trailer ( que está no fim do post ) e vim aqui contar um pouquinho pra vocês. E fazer uma perguntinha no final…

No mesmo site, que chama MULHERES DEVEM SABER, tinha uma reportagem sobre as duas diretoras e uma entrevista. Resolvi traduzir pra vocês conhecerem a história delas:

Conheça as estudantes de Stanford Ayna Agarwal e Ellora Israni. Elas se auto-proclamaram “good girls gone geek” por trás do she++, um movimento destinado a inspirar as mulheres e meninas a explorar e buscar a ciência da computação como uma carreira. Lançado em janeiro de 2012 como uma conferência para mulheres na tecnologia, Ayna e Ellora expandiram rapidamente suas idéias em uma comunidade com o compromisso de mudar a forma como a tecnologia é vista pelas mulheres e como a tecnologia vê as mulheres. ( Aaaaaa que lindo! Chorei)

Nem Ayna, nem Ellora aspiravam ser “geeks”. Ellora entrou em Stanford para se tornar uma psicologa inportante, e Ayna entrou pra cursar medicina veterinária.

“Nós duas estávamos sendo encorajadas a participar de aulas introdutória a ciência da computação por amigos e lendo histórias sobre pessoas criativas canalizando suas paixões para a tecnologia”, disse Ayna WYSK. Depois de apenas uma aula, elas foram convencidas. Elas amavam o pensamento metodológico e a capacidade de construir programas a partir do zero.

Estando no coração do Vale do Silício, elas tinham uma vantagem geográfica na busca de modelos femininos que foram pioneiros na estrada da tecnologia. Mas não foi fácil encontrar as mentoras, eles tiveram de cavar fundo.

Em abril de 2012, ocorreu a primeira conferência de Stanford sobre as mulheres na tecnologia com uma trilha destinada só para mulheres inspiradoras de empresas como Google, Facebook, Dropbox, e Pinterest, entre outros, atraindo mais de 250 participantes.

Depois de feedback positivo dos participantes, mentoras, e da imprensa, Ayna e Ellora expandiram o she++ e hoje, através de uma série de iniciativas, criarou-se uma comunidade grande para as tecnólogas do sexo feminino.

“Muito da publicidade em torno da tecnologia é, compreensivelmente, técnica, mas as histórias de mulheres na tecnologia são tão inspiradora como suas realizações.” E nós pensamos que o que Ayna e Ellora estão fazendo para incentivar as mulheres é uma dessas histórias, e que como mulher ,você deve saber.

Aí vai a entrevista: 10 perguntas com Ayna e Ellora

O que fez vocês decidirem começar ?
AA: O que começou como uma conversa sobre o número de mulheres em nossas aulas de informática, floresceu o desejo de fazer algo sobre isso na Universidade de Stanford. Em abril de 2012, nós lançamos nossa primeira conferência com líderes do Google, VMWare, Eventbrite, Facebook, e muitas outras empresas. Após a recepção crítica as meninas responderam com entusiasmo para fazer aulas de Ciência da Computação, decidimos lançar a she++ como uma campanha forte.

Qual foi o primeiro passo?
AA: Nós sabíamos que havia a necessidade de um espaço de diálogo aberto … uma conversa que investigasse profundamente as barreiras à entrada, e como vencê-los. Nós mesmos queríamos saber isso e queríamos identificar os pioneiros no Vale que poderiam contribuir com as suas experiências e aprendizados. Então decidimos criar um fórum naquele dia que iria abordar estas questões e nos ajudar, e também ajudar a comunidade para superá-los.

Por que você acha que é importante ter mais mulheres na ciência da computação?
AA: Nós estamos lidando com uma questão econômica, uma questão de criatividade, e uma questão de inovação. Claro, deve haver igualdade no acesso de mulheres e homens em qualquer profissão. Mas, se olharmos para os números, em 2020, 1,4 milhões de empregos serão criados para os cientistas da computação. Se não aproveitarmos as mulheres não seremos capazes de saciar essa necessidade, e a economia do nosso país depende do futuro das inovações tecnológicas.
EI: De um ponto de vista puramente numérico, ciência da computação é um campo precisando desesperadamente de mais talentos. Apenas cerca de um terço dos postos de trabalho de computação pode ser preenchido por nossas taxas de graduação atuais, e estaremos dando um tiro no pé se não mudarmos isso. Mulheres e minorias raciais são a maior bancada inexplorado – isto é, há um grande número de minorias e mulheres lá fora que poderiam querem ser cientistas da computação, mas não têm conhecimento da opção.

As mulheres trazem habilidades únicas para o campo?

AA: As mulheres trazem seus estilos de lideranças únicos, atitude para resolução de problemas, equilíbrio entre trabalho-vida, e sua percepção dos maiores problemas do mundo para resolver com tecnologia. Acima de tudo, as mulheres trazem uma comunidade que define os valores nos produtos que nós construímos para pessoas de todo o mundo.

EI: Cada indivíduo traz habilidades únicas para o campo. As habilidades únicas que um indivíduo traz são, provavelmente, mais em função da personalidade do indivíduo do que o seu sexo ou qualquer outra característica demográfica. Mas as mulheres são a maior bancada inexplorado de talento e personalidade lá fora.

O que você espera alcançar com o programa?

AA: Nós esperamos que o she++ traga mais meninas boas para o mundo geek, queremos mais meninas sem medo de dar uma olhada, e continuar se elas gostarem!

EI: Nós esperamos mostrar uma imagem clara do que é ser um cientista da computação. Há uma série de dúvidas comuns sobre o que os cientistas fazem – nós gastamos muito mais tempo interagindo com os nossos colegas e muito menos tempo só com uma tela, e as pessoas tendem a pensar o contrário – e quem somos. Não são todos anti-sociais ou impessoais, e como qualquer outro grupo de indivíduos, temos uma diversidade de interesses e realizações. Esperamos expor esta diversidade de caráter no campo para dar as meninas uma chance justa, porque nós não queremos que elas se sintam como eles, achar que não podem fazer ciência da computação, porque elas não se encaixam em algum estereótipo. Isso é completamente falso.

Como she++ vai inspirar e capacitar as mulheres e meninas?
AA: Nós incentivamos as meninas a quebrar o estereótipo e ser geek. Ao apresentá-las exemplos de pessoas que têm enfrentado lutas e decisões em suas escolhas de carreira, queremos meninas reconhecendo os seus papeis no campo da tecnologia. Criamos o conteúdo e facilitamos a construção de uma comunidade com mais meninas, mesmo diante de ameaça do estereótipo, elas sentem que podem estrapolar limites e encontrar apoio.

Conte-nos sobre as iniciativas da organização.
AA: Acabamos de lançar nosso documentário com 12 minutos com meninas do ensino médio, meninas da faculdade e profissionais do setor para ser exibido em todo o país. Nós também estamos facilitando um programa de orientação para permitir que as meninas do ensino médio possam conversar com as meninas da faculdade e fazer perguntas sobre como é um grande de ciência da computação por exemplo. E, finalmente, estamos organizando nossa conferência anual em 20 de abril de 2013.

O que mais te surpreendeu sobre o início she++?
AA: Esta é uma conversa bem discutida no Vale, no entanto, a nível nacional, as taxas. Com o nosso documentário, queremos trazer essa conversa para organizações, escolas e empresas em todo o país. Esta é uma questão nacional.

Onde você quer ver o she++ em 5 anos?
AA: Nós vemos o she++ como uma comunidade vibrante de meninas do ensino médio e da faculdade se tornando as principais cientistas da computação, se apoiando e aprendendo umas com as outras.

Quem é a mulher na ciência da computação que devemos conhecer?
AA: Dê uma olhada no elenco do filme! Você vai ver inspirações de fundadores, estudantes universitárias e alunas do ensino médio – todas mulheres incríveis da computação que você deve conhecer!

Depois de ver esse trailer, ler a história delas, quem ficou com vontade de ver o documentário e discutir a temática? Quem de vocês iria até a Cidade Universitária para vê-lo? Se várias pessoas demonstrarem interesse vou organizar isso hein!? Por isso seja honestas(os)!hahahah

beijos!

IT women can be the norm, not a novelty | As mulheres da TI podem ser a regra e não uma novidade

Assino a revista virtual ComputerWeekly ( indico! ) e a capa dessa semana era: As 25 mulheres da TI mais influentes do Reino Unido. Óbvio que eu fui direto ler a matéria. Super bacana, adoro esse tipo de coisa,vocês já perceberam. Mas saibam que isso não foi o que mais me chamou atenção…tinha um editorial, relativamente pequeno do editor da revista, e esse sim fez a leitura de cada palavrinha valer a pena.
A revista é em inglês e é preciso preencher perfilzinho para ter acesso a ela..sei que não é grande coisa, mas decidi fazer uma traduçãozinha aqui pra vocês verem!

O título do editorial é o título do post! ; )

“Foi-nos pedido algumas vezes para escrever sobre mulheres no mundo da TI. Talvez pelo fato de   termos realizado uma premiação dessas profissionais.

Nós não queremos ter que discutir a questão das mulheres em TI novamente.

 Seria muito melhor que isso não fosse mais um tópico de debate? Isso significaria que alcançamos uma força de trabalho verdadeiramente diversificada em TI – que refletiria que a tecnologia aproveitou a gama de habilidades dos empregados, sem preconceito com idade, sexo, raça, credo… ( ARRASOU! )
Significaria que, ao procurar pelos 250.000 novos profissionais de TI que serão necessários ao longo dos próximos cinco anos, os empregadores seriam capazes de escolher pelo talento e só por isso. Também significaria que na escola, meninos e meninas começarão a ver igualmente a TI como uma possível carreira.

Porém, como  nenhuma dessas coisas acontece no mundo atual, achamos que era uma boa idéia
reconhecer as mulheres mais influentes do Reino Unido, e promovê-las como modelos para ajudar, pelo menos um pouquinho, a tornar a situação descrita acima ,realidade.
Devemos ainda desenvolver um olhar crítico para a situação da mulher na TI. Vários convidados do evento, disseram que não tinham percebido que já haviam tantas mulheres em cargos de liderança, no mundo da tecnologia da informação.

As mulheres de TI muitas vezes ficam estagnadas, por ignorância da diretoria que prefere promover um homem ao invés de uma mulher. Acreditam que líderes do sexo masculino se promovem melhor e estão sujeitos a menos problemas pessoais. Os diretores têm que abrir os olhos.

Não estou falando aqui de promoção das mulheres em TI, por uma questão de sexo. Promover porque é mulher. Como Jane Moran, a Thomson Reuters CEO, votada como a mulher de TI  mais influente no Reino Unido, destacou que uma força de trabalho mais diversificada é mais bem sucedida. Ter mulheres na empresa, promovê-las não é uma boa ação, é um bom negócio.
Então quanto mais mulheres na empresa, mais dinheiro seus empregadores ganharão. É tão simples.

Acredito que estaremos de volta com outra série de mulheres em TI no ano que vem.

Não seria ótimo se ele fosse o último?

Bryan Glick.”

Original: Edição 17 de Julho de 2012