NOVA AUTORA: Só juntei poesia com programação!

Olá fofuras!

Acho que vocês perceberam que o blog está de carinho nova né!? Curtiram? Pois é! Ele vai passar por uma reforma em vários sentidos! Como por exemplo teremos novas autoras regulares chegando por aqui!

A primeira a se apresentar é a incrível Soraya que, de um jeito incrível juntou poesia e programação! Tem como não amar!? Bom, aí vai a apresentação dessa grande mulher na computação!

Escrever e programar pode ser loucura para alguns quando se pensa em cada uma delas separado, mas e quando juntamos as duas? Pois bem, eu gostaria por meio dessas linhas que-bra-das contar um pouquinho da loucura mais fantástica que já fiz em minha vida: juntar poesia com programação.

Então, a escrita surgiu em minha vida em um momento não muito legal, pois quando tinha 7 anos de idade,2003, sofri bullying por parte da minha professora, visto que eu tinha muita dificuldade em escrever produções textuais e fazer as interpretações das que a Docente passava para a turma. Assim, para ela eu era apenas uma “menina burra que mal sabe escrever um texto” ;“atraso social”. Mas enfim, passei 2003 e 2004 longe do ambiente escolar e realmente para todos, menos para mim, parecia que eu tinha desistido de tudo, todavia meu sonho de lançar um livro, de ajudar a outras garotas e de aprender ao menos a digitar meu nome em um computador, que naquela época era algo impossível de ter em minha casa, se manteve vivo.

Pois bem, apesar de estar longe da sala de aula, comecei a ler livros de poesias de Vinicius de Morais, Cecilia Meireles, algumas prosas de Monteiro Lobato e alguns autores internacionais. Ademais, tentava escrever em um caderno pequenas histórias, também entrei em um curso de informática, porque achava aquilo muito lindo, aquelas letrinhas surgindo na tela, a rapidez com que as pessoas conseguiam digitar e o barulho desse atrito me deixava ainda mais empolgada.

Os anos foram se passando e eu continuei lendo e tentando escrever algo melhor, porém não sabia qual realmente era o gênero que poderia encaixar meus textos e só em 2012, ao começar o curso de Informática Integrado pelo IFRN-CAICÓ, descobri a crônica e o poema como forma de expressar todos os meus pensamentos. Com isso, impulsionada por dois professores de Português, Tacicleide Dantas e Felipe Garcia, passei a ler mais sobre poemas e crônicas, vida de autores, estilo, ou seja, me dedicar a essa tarefa e juntar poema e prosa passou a ser meu foco.

Todavia, ultimamente tenho escrito mais poemas do que crônicas. Um dos fatores que contribuiu para isso foi porque vi uma estreita relação entre a programação e a poesia. Não só no ritmo, mas também na estrutura, um exemplo é a quebra de linha presente na programação que também existe no poema e é responsável por formar o verso.

Depois de tudo isso, iniciei os escritos e meu primeiro poema foi o “Algoritmo”, ele foi feito entre o término de uma aula de introdução a Lógica e Algoritmo e o início de uma de Português. Ademais, logo pensei em expandir os poemas e começar a falar sobre a mulher neste Meio Técnico-Cientifico-Informacional. A mulher que acima de tudo é independente e que sabe muito bem lutar pelos seus sonhos e Direitos não só dela, mas das demais.

Neste emaranhado todo, acabei escrevendo, aprendendo mais do que digitar meu nome no computador, já que aprendi a fazer programas para essas máquinas, simples, mas já é um começo para uma técnica em Informática, além de incentivar outras garotas a escreverem, porém ainda não consegui lançar um livro, mas já tenho o reconhecimento de quem tanto esperava na minha infância: o reconhecimento dos meus professores.

Portanto, meninas, sempre digo: não há coisa melhor do que mostrar nossas histórias e não desistir de nós mesmas, porque a partir delas começamos a motivar diversas outras. Por isso, não devemos ter medo de escrever, só porque algum professor ou conhecido disse que você nunca vai ser boa nisso. Escrevam e mostrem que isso é possível! Não devemos ter medo de programar, só porque tiramos uma nota ruim em uma disciplina ou porque te disseram que isso não é coisa de menina. Programem e mostrem que isso é possível! Se ainda assim, continuarem dizendo que esse papo de estimular outras meninas a mostrarem suas histórias, escrever e programar é ridículo, juntem tudo isso e mostrem que é possível!

[S.R.]

beeeeijos! E deixem nos comentários o que acharam do novo look do blog!

PS.: Se vocês também quiserem se tornar autoras regulares escrevam para camila@mulheresnacomputacao.com

POST CONVIDADO: Por que TI?

Enquanto minha mãe sonhava com direito ou pedagogia, eu sonhava que ela não sonhasse nada. Em uma cabeça ainda meio adolescente, essa seria a forma de poupar uma série de explicações que nunca seriam compreendidas. Até porque se meus braços fossem tão fortes como minha personalidade, eu não teria sofrido para carregar CPU’s.

Teimosa, decidida e até um pouco do contra, nada me fez ou faria mudar de ideia a não ser uma outra ideia minha. E sabe que acho que foi umas das melhores escolhas que ja fiz?!

Eu nunca tive dúvidas em relação a escolha por tecnologia, mas também não tinha nada de experiência no assunto. As coisas não eram fáceis e eu não tinha nem computador em casa. Meus pais, com pouca instrução, lutavam para me manter e mais ainda para entender o que esse “sonho” poderia me trazer no futuro. Era difícil explicar, difícil convencer, mas tive a sorte deles não medirem esforços para me fazer feliz; assim, conseguimos iniciar o trajeto.

​Mas… para que simplificar se eu poderia dificultar? Na base dessa trajetória, eu ainda tive a “audácia” de optar por infraestrutura. Dá para imaginar? Pois é! Eu me encantei desde a primeira vez que vi um servidor e queria dominar todo aquele equipamento que me deslumbrava. Foi paixão, paixão mesmo, dessas malucas e eu não iria me controlar até desvendar todo o mistério que eu pensava ter ali. Por essas e outras, ser a única mulher da equipe foi por muito tempo a minha realidade. ​Nem sempre foi fácil, mas as dificuldades se tornaram superação e renderam boas histórias pra contar:

“Isso é coisa de homem!”

Não, não é. Da pra ser feminina sendo de TI, da pra ser vaidosa sendo de ti, da pra ser delicada sendo de TI. Quer dizer, delicada nem sempre, mas no geral dá.

Uma foto que me marcou o início da carreira foi que, ainda como Analista Jr., realizava atividades de suporte. Meu tempo em 70% do tempo era ocupado com manutenção e formatação de pc’s; Isso incluía manutenção física.

Trabalhava, estudava e sempre estava rodeada de compromissos que não abria mão. Sempre que ía chegando o final de semana, os compromissos pessoais já começavam a pintar e eu a pensar na preparação do visual. Então eu me programava para entregar essa atividade de manutenção antes do almoço da sexta feira, porque este horário era usado na manicure; sagrado!
Mas e quando não dava tempo de terminar? Ou quando surgia uma emergência e eu tinha acabado de fazer a unha e estava com o esmalte molhado? Dever é dever! Mas era aí que eu virava piada ou contava com uma alma boa para me ajudar, pois eu quase que demorava mais pra tirar os parafusos segurando a chave com a ponta dos dedos do que para fazer toda a manutenção.
Ainda bem que nem tudo é perdido e para tudo há salvação (E olha que nem estou falando de backup, apesar dele ser extremamente importnate, sempre! Haha). Pasmem, em meio a este mundo dos meninos, eu tinha um gerente fofo que além de ser um mestre, aguentava e tinha paciência com todas as minhas meninices.

“O técnico não vem?”

Em uma fase da carreira, comecei fazer atendimentos in loco e ia atender clientes sob demanda emergencial com especialidade em  servidores Microsoft.
Nesta fase, perdi as contas de quantas vezes carreguei uma mochila pesada e fui recebida com o descaso da frase: “O técnico não vem?”.

Lembra do lance da personalidade? Então, aqui ela foi uma das armas mais usadas para o sucesso.
Neste momento, eu usava toda minha força no sorriso e respondia: ” O técnico sou eu. Vim resolver seu problema. :)”
Alguns sorriam sem jeito e logo me acomodavam, mas outros ainda conseguiam superar a indelicadeza questionando minha capacidade.

Esse questionamento era meu maior incentivo para fazer um trabalho excelente. Ao final, eu sempre saía com a mochila ainda mais pesada. Além das ferramentas de trabalho, eu a preenchia de orgulho.

“Você quem está coordenando esta operação? Uma mulher?!”

Sim. Bastaria que fosse um ser humano, capacitado e com condições normais de raciocínio. Não creio que o gênero seja um peso ou um impeditivo! (Calma! Não foi assim que respondi, mas foi o que pensei quando um segurança curioso me fez a pergunta acima em meio a uma operação de mudança física equipamentos em um datacenter.)

Dialogo:

– Sim, sou eu.

– Nossa! Nunca vi mulheres nesta área.

– Mas tem muitas.

– Que legal! Fiquei surpreso, pois sempre te vi por aqui tão arrumada que nunca imaginei que pudesse realizar este trabalho. Achei que fosse algo masculino. É de se admirar. Parabéns!

– Aiiii… Obrigada.

Fiquei meio sem jeito, mas naquele momento, não tinha tempo para isso e nem muito o que dizer né. Só pude concluir: Estereótipos!​

Estereótipos, estes, que existem em qualquer lugar, porque é um vício da sociedade, o vício de julgar, de concluir precipitadamente o desconhecido. O que não se pode é deixar contaminar.

Entre estas, existem outras, diversas, algumas engraçadas, outras revoltantes, tem as rotineiras, mas também tem aquelas de dar orgulho como foi relatado acima.

Nem tudo é pesadelo. Ser a única menina também tem suas vantagens; uma delas, e a que mais sinto falta, é receber mimo e proteção dos colegas. Tive essa sorte. 🙂

Hoje minha carreira não está mais focada em infra. Aceitei oportunidades e abracei novos desafios, pois crescer é necessário e gratificante, mas o coração ainda está lá.
Tenho ainda um caminho longo a percorrer, mas a maior e mais grata experiência que posso compartilhar é que estereótipo é algo abstrato e que quando se sabe o que quer, tudo é possível e sendo possível, vale a pena!

Saiba o que realmente quer! Trace um plano e vá atrás! Faça valer!

Sim! Sou uma mulher de TI! Amo o que faço e me orgulho de ser!

“Escolha um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida.”

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Sandra Varollo.

Coordenadora de Projetos na empresa Totvs S.A. Formada em Processamento de Dados na Universidade Mackenzie.

PS.: Ameeeei!!!!!!! Adoro ver gente corajosa…independente de gênero…que tem uma determinação tão forte que nem o papa a impediria de chegar onde ela quer!!!!!!!!!! Parabéns Sandra pale carreira e pela dedicação! Com certeza uma grande mulher na computação : )

Rede Mulher Empreendedora, Google For Entrepreneurs e Prefeitura de SP lançam Prêmio para iniciativas de apoio a mulheres empreendedoras

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As mulheres estão empreendendo cada vez mais em São Paulo: cerca de 52% das micro e pequenas empresas da capital são geridas por mulheres. Para apoiar este público, a Rede Mulher Empreendedora (RME), o Google For Entrepreneurs e a Tech Sampa, política da Prefeitura de São Paulo que apoia o empreendedorismo, lançaram o “Prêmio Mulheres Tech em Sampa”. O anúncio foi feito ontem – quarta-feira (03 de dezembro)- durante o 3º Fórum Empreendedoras na Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo.

O Prêmio distribuirá 50 mil reais (R$ 50.000,00) entre cinco projetos – dez mil reais para cada um – que estimulem o empreendedorismo feminino com foco em tecnologia e que sejam coordenados por mulheres. O objetivo é ampliar a participação de mulheres no ecossistema de startups da cidade por meio de iniciativas gratuitas ou de baixo custo realizadas durante o ano de 2015.

As interessadas podem se inscrever de 4 de dezembro até 15 de janeiro no site da RME (www.redemulherempreendedora.com.br), no qual também está disponível o regulamento da premiação. As propostas, que devem ser focados na cidade de São Paulo, serão avaliadas por uma comissão julgadora com base nas seguintes características:

Difusão: ações específicas de inspiração, difusão e valorização do empreendedorismo digital entre as mulheres, que apoiem o fortalecimento, participação e integração do ecossistema empreendedor feminino em atividades como, por exemplo, criação de empresas, investimento anjo, aceleração de negócios conteúdo, assessoria, palestras, vídeos, rodadas de negócios, encontros, interações e premiação.

Formação: ações específicas de formação, capacitação, aperfeiçoamento e qualificação de mulheres interessadas em criar negócios digitais ou desenvolver atividades de programação e desenvolvimento por meio de cursos, oficinas técnicas, conteúdo online, assessorias, palestras, encontros e interações.

Pesquisa: projetos de pesquisa e estudos que visam descobrir e/ou aprofundar o conhecimento sobre a presença e atuação feminina no empreendedorismo digital e em empresas de tecnologia, compreendendo desafios e oportunidades existentes para mulheres na área de tecnologia para a proposição de ações que estimulem o interesse e aumentem a participação das mulheres neste mercado.

Os cinco projetos que melhor atenderem aos requisitos propostos serão anunciados como vencedores no dia 07 de fevereiro de 2015 e receberão dez mil reais (R$ 10.000,00) cada.  Os prêmios serão entregues somente após a assinatura de um termo de compromisso firmado entre o responsável pelo projeto e a Rede Mulher Empreendedora, no qual o vencedor se compromete a utilizar o valor na viabilização do projeto.

Mais informações:

RME – imprensa@natheia.com.br

Google – imprensa@google.com

Prefeitura de SP – 3113-9566 / acsf@prefeitura.sp.gov.br

Não percam tempo pessoal!!!!!!!!!!!!!!!!!! Bora se inscrever e ganhar….mas mais do que isso mudar a realidade das Mulheres na Tech!!!!!!!!!!!!! ❤

beeijos!