Medos, Mudanças e Motivos

Estou aqui sentada vendo minha casa reduzida a 63 caixas, um sofá enrolado no cobertor e uma TV no chão. E sabe o que eu estou pensando? Que mudar dá medo, não sabemos se vai caber tudo no novo lar, se vai ficar bom, se vai ter que subir pela escada, quanto tempo vai levar pra colocar tudo no lugar de novo….infinitas inseguranças batem . Todas ao mesmo tempo.

E vocês devem estar pensando…Beleza, mas o que isso tem a ver com mulheres, computação, empreendedorismo???

Estamos vivendo na era da mudança. E ter medo de mudar é o mesmo que ter medo de viver, portanto, temos que ser flexíveis e seguros, pois tudo acontece  num piscar de olhos. Pra ser empreendedor, mulher moderna, profissional valorizado temos que ter coragem de mudar, de arriscar. É preciso ter coragem para ser feliz.

Mas afinal, por que você e eu temos medo de mudar? Porque? Porque? Acho que é porque aquilo que já conhecemos é confortável. É mais fácil lidar com ambientes e pessoas conhecidas, linguagens tradicionais, tarefas costumeiras. O habitual exige menos esforço. O novo requer flexibilidade, ousadia, investimentos de tempo, reaprendizado, criatividade, pró-atividade…Ufaaa!!! Vai dizer que não é mais fácil fazer o que já vem sendo feito?! Para mudar é necessário deixar a zona de conforto e questionar até mesmo aquilo que está dando certo, enfim, para inovar é preciso ter coragem, vontade e energia.

A notícia boa é que cada vez mais o mundo nos instiga a cultivar a ousadia, desafiar a realidade, criar…pois ele é feito de mudanças. Agora, essa é a essência dele. Querem provas? Para se chegar às transformações radicais da Revolução Francesa, foram necessários milhões de anos. Daí até a Revolução dos Computadores foram apenas dois séculos. Daí para a inteligência artificial, realidade aumentada, engenharia genética, bastaram duas décadas. Agora, o conhecimento humano dobra a cada dois anos e a lei de Moore se cumpre a 30 anos.

Vivemos, portanto, numa era de mudanças velozes e de viradas drásticas. Ter medo de mudar, nem que seja de casa como eu, significa ter medo de viver. Como tudo muda tão rápido. A transformação ocorre com ou sem o nosso consentimento.

Bom, e a conclusão que eu chego as vésperas de mudar pra um novo lar, rodeada de caixas e com a bateria do note acabando sem ter ideia de onde está o carregador  é que em vez de amaldiçoarmos a mudança, de evitá-la ao máximo, podemos ousar com idéias e ações inovadoras. Usá-la a nosso favor. Podemos ser criativos ao máximo sem medo de errar, sem medo de nada.  Temos, que racionalmente, optar pela coragem, por viver criativamente e enriquecendo sempre o processo.

Enfim, nos transformamos em agente de qualquer mudança crendo piamente que tudo muda pra melhor, que  tudo tem uma razão de ser.

É isso…

beijos!

Burocracia Ágil: Quando boas práticas se tornam maus princípios

Jim Highsmith, um dos autores do Manifesto Ágil, alerta sobre os riscos que correm as organizações de desenvolvimento. Haveria uma tendência muitas vezes inconsciente de permitir que práticas ágeis se tornem “pseudoprincípios”, gerando enrijecimento de sua capacidade de adaptação:

O que acontece em muitas organizações é que as práticas tornam-se estáticas e são gradualmente elevadas ao nível de princípio. As pessoas perdem a noção do porquê estão utilizando uma prática, que se torna um padrão de fato ao invés de uma orientação.

Para Highsmith, até mesmo uma boa prática como as reuniões diárias pode se tornar burocrática, quando é vista como obrigatória, por ser um princípio inquestionável.

Lentamente, as boas práticas tornam-se maus princípios, ou pseudoprincípios, e se tornam mais frequentes comentários como “não se pode fazer isso porque é contra os princípios da nossa empresa”.

Highsmith concorda que os princípios e valores sejam críticos no alinhamento e engajamento das pessoas dentro das organizações. Também reconhece que o sucesso do movimento ágil se deva fundamentalmente ao estabelecimento desses valores e princípios. Contudo, o problema estaria na quantidade e no nível de detalhe, pois quanto mais pseudoprincípios se acumulam dentro de uma empresa, mais sua capacidade de adaptação é prejudicada. O autor conclui:

Um excesso de princípios cria uma barreira à mudança e à adaptação, pois na maioria das vezes não será fácil abandoná-los. Muitas vezes, alguns grupos dentro da organização se tornam sentimentalmente ligados à existência desses princípios.

Na visão de Highsmith, a adaptabilidade parece ser uma qualidade crucial para as organizações de desenvolvimento. Mas até que ponto as organizações ágeis devem permitir a existência de práticas como padrões estabelecidos, mesmo que informais? Quais as vantagens e desvantagens desse modelo em comparação ao estabelecimento de guias menos rígidos, que permitam a flexibilidade das práticas?

Fonte: http://www.infoq.com/br/news/2012/07/burocracia-agil

O tema merece uma reflexão!

Aproveitando…faltam 13 dias para AGILE2012! : )

UHHHHUUUUULLLLL!

beijos!