Quem desenvolve as novas tecnologias? Os primeiros responsáveis, até bem pouco tempo atrás e salvo algumas excessões, isso era missão para centros de pesquisas, universidades e empresas especializadas. Porém com o desenrolar da humanidade e a grande vazão de informação típica do século, muitas invenções começaram a surgir em quartos, salas e garagens de pessoas comuns, sem qualquer pretensão ou estudo aprofundado. Elas nasciam e muitas vezes, mesmo sendo muito boas ficavam restritas aqueles poucos metros quadrados e meia dúzia de cérebros!
Diante desse diagnóstico ( não consegui chegar a uma conclusão…será que esse diagnóstico é bom ou ruim? afinal pessoas produzindo e estudando são sempre bem-vindas, porém perder todo esse potencial é bem triste…) e visando estimular esse tipo de produção, foi criado o Laboratório de Garagem, que nada mais é do que uma rede social onde se pode compartilha e discutir experimentos, com mais de 2 600 participantes do país inteiro, para possibilitar que as ideias se concretizem. E não é que a maior ideia delas se tornou realidade!? Agora eles ( o fundador é Marcelo Rodrigues, engenheiro elétrico ) conseguiram montar uma sede na Vila Mariana, para possibilitar que os participantes se conhecessem e criassem em conjunto ( bem melhor, não!? ).
Um detalhe bem legal: não há qualquer cobrança para o uso da oficina se o projeto puder ser disponibilizado na rede para que outros possam usufruir do projeto. Viva a invenção livre ! hahahaha. Mas também existe a opção do sigilo, só que a mensalidade sai por 50 reais ( estudante paga meia! ).
Outro detalhe bem legal: os novos equipamentos, sendo eles novidades ou reinvenções mais acessíveis, usam materiais baratos, fáceis de encontrar, coisas que iriam para o lixo. Todos contribuem com material que fica a disposição no laboratório, que por incrivel que pareça é organizado com bancadas, caixas e um painel. Que bom que essa garagem é organizada! Algo me diz que muitas coisas ainda surgirão por essas bandas…
Se fosse só isso, já seria uma iniciativa e tanto, mas os participantes vão mais longe, além de produzir querem também viabilizar comercialmente as invenções. O segundo andar da “garagem” serve de incubadora, têm sala de reunião e escritórios para isso. Além disso a duas semanas foi aberta uma loja virtual , nela os membros vendem componentes tentando criar uma forma de sustento para a rede. Acredito que a chegada das inovações deles ao mercado é só uma questão de tempo!
Vamos ver alguns exemplos:
– Robô wi-fi: equipado com três rodas, dois motores e uma câmera, pode ser controlado pela internet.
– Projetor de texto: um microcomputador move pequenos espelhos e lasers em alta velocidade, e a luz refletida forma as palavras, projetadas na tela ou na parede.
– Projetor multimídia: usa uma lâmpada de vapor metálico, que custa cerca de 30 reais, enquanto os projetores comuns funcionam com lmpâdas de 500 a 1000 reais.
– Garaquático: o robô aquático pode ser operado remotamente e, com uma câmera acoplada, capta imagens submarinas em 3D.
– Fresadora: versão mais barata da máquina, utiliza peças como réguas de pedreiro e possibilita corte de materiais como madeira, plástico e metais leves.
Essas são algumas invenções, das muitas que eu estou torcendo para que se tornm realidade!
beijos!
PS.: quem quiser saber um pouquinho mais, saiu uma matéria na Veja São Paulo dessa semana sobre eles…é nosso dever apoiar e difundir as boas idéias! (Pensem nisso!)